O Projeto Minha Rua Minha Casa foi criado em 1994, fruto de uma parceria do PNBE - Pensamento Nacional das Bases Empresariais com a OAF - Organização de Auxílio Fraterno.
Iniciado com a construção de um Centro de Convivência nos baixos viadutos do Glicério, a partir do trabalho já realizado ali pela OAF, a Associação Minha Rua Minha Casa é hoje um centro de referência para moradores de rua reconhecido por seu trabalho inovador que vai muito além de uma abordagem assistencialista.
Com capacidade para receber 350 pessoas no espaço que foi cedidoem comodato pela Prefeitura Municipal de São Paulo, a associação tem diversificado suas atividades e ampliado suas parcerias.
Os programas e atividades sócio-educativos da Associação tem como base a convivência e objetivam o desenvolvimentodos recursos internos e do potencial de crescimento de cada pessoa.
Diariamente acontecem no Glicéio atividades de lazer, cultura, trabalho, cuidados pessoasis, atendimento psicológico e prevenção do uso de álcool e de drogas. Em clima de multirão entre funcionários, voluntários e povo da rua, são preparadas refeições, escrevem cartas, costuram-se as roupas maltratadas, faz-se a barba e cabelo, o que propicia o estabelecimento de vínculos, estimula a quebra de relações de dependência e a recuperação de sua autonomia.
Aqueles que participam de forma ativa e comprometida das atividades constituem o grupo de associados.
Segundo pesquisa elaborada pela FIPE, 70% da população de rua de São Paulo encontra-se no auge de sua capacidade produtiva.
As pessoas que vivem nas ruas passaram pelo desemprego, pela migração na busca de sobrevivência , pelo rompimento de vínculos familiares e afetivos numa sequência de perdas desta referência acaba inviabilizando sua reintegração à sociedade. A rua leva ao esquecimento da identidade, ao anonimato, à solidão e â dependência química.
Perambulando sem rumo pelos espaços públicos, sobrevivendo das sobras da sociedade e confundidas as vezes com assaltantes, estas pessoas em número cada vez maior , são cidadãos esquecidos que nossa cidade tem dificuldade de olhar.
A AMRMC conta com o traballho permanente de uma equipe técnica especializada e com a participação de voluntários. O suporte financeiro vem de contribuições, doações, parcerias com empresas e convênios com entidades públicas e privadas. Graças Pública do Município de São Paulo foi possível implementar a equipe técnica, e, assim receber um número maior de usuários.
A Associação mantém uma república como opção de moradia para aqueles que já estão trabalhando para seus primeiros meses de volta ao convívio social produtivo. Este ano foi criada, com o inestimável apoio de Janice Mascarenhas Marques e Ofra Grinfeder, uma Oficina-escola, embrião de um futuro projetor de geração e renda.
Um grupo voluntário dedica-se à gestão da Associação e organização de eventos para a captação de recursos e divulgação do trabalho e da missão com eventos institucionais, palestras e seminários.
Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares - ITCP-FGV
A Incubadora da FGV foi fundada em 2001 como uma iniciativa de estudantes e professores da EAESP-FGV, inspirados nas experiências de extensão universitária de outras incubadoras universitárias de cooperativas.
A idéia de extensão universitária está ligada à proposta de compartilhar o conhecimento desenvolvido na universidade para proporcionar benefícios às comunidades. Nesta proposta, estudantes de graduação e pós-graduação, professores e técnicos de diversas áreas de conhecimento se juntam para elaborar, junto às comunidades com as quais trabalham, tecnologias sociais para empreendimentos populares visando o desenvolvimento local.
Os primeiros trabalhos da ITCP-FGV foram desenvolvidos no centro de São Paulo, com ONG’s locais que buscavam alavancar seus projetos de geração de renda com população em situação de rua, público que desde então tem sido um dos focos de atuação da organização.
Atualmente a ITCP-FGV assessora projetos de geração de renda por intermédio de cursos e oficinas de temas afins, seleção de projetos de geração de renda para investimento social privado, além de incubar diretamente diversos empreendimentos.
Patrocinador: Instituto HSBC Solidariedade
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